Em seu quarto ano, projeto circulou pelo estado com comitiva formada pelos dirigentes da Fundação Cultural do Estado da Bahia para discutir políticas públicas para as artes
Durante 12 dias, de 3 a 14 de maio, sete cidades baianas foram visitadas pela equipe gestora da Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), entidade vinculada à Secretaria de Cultura do Governo do Estado (SecultBA): Feira de Santana, no Portal do Sertão; Pintadas, na Bacia do Jacuípe; Juazeiro, no Sertão do São Francisco; Irecê, no território de mesmo nome; Ibotirama, no Velho Chico; Caetité, no Sertão Produtivo; e Amargosa, no Vale do Jiquiriçá. Assim foi a 4ª edição do FUNCEB ITINERANTE, projeto prioritário que fortalece a diretriz de territorialização nas políticas públicas para as artes no estado, que objetiva estabelecer contato com realidades distintas para a discussão e concepção das ações para as Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Dança, Literatura, Música e Teatro. Com esta lista, o FUNCEB ITINERANTE completa a sua intenção de ter alcançado, ao longo do quadriênio da gestão (2011-2014), todos os 27 territórios de identidade da Bahia, incluindo a presença da sede da FUNCEB no território Metropolitano de Salvador. Os registros destes momentos estão compartilhados aqui no blog.
Mais de 300 agentes culturais da Bahia, oriundos de 24 diferentes municípios, compareceram aos eventos desta edição e compartilharam suas experiências, demandas e sugestões. Gestores municipais, dentre representantes das prefeituras, secretários, dirigentes de Cultura e vereadores, também marcaram presença, bem como diversos membros de Colegiados Setoriais das Artes da Bahia. Além de pautar as linguagens artísticas e as ações realizadas pela FUNCEB, inclusive com uma pretensão devolutiva do que foi feito nos últimos anos, os encontros buscaram estimular a organização dos setores artísticos, fomentar o debate, ouvir a sociedade em relação às demandas para as linguagens artísticas e promover a articulação com agentes, grupos e instituições culturais do interior da Bahia. O FUNCEB ITINERANTE 2014 teve ainda o intuito de mobilizar os cidadãos para as eleições do segundo mandato, do biênio de 2015-2016, dos próprios Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, cuja consolidação é um dos desdobramentos mais relevantes do projeto.
O nível dos debates realizados foi muito profundo e positivo, no sentido de demonstrar um evidente avanço no empoderamento social dos temas da Cultura, conforme depoimento final de Nehle Franke, diretora geral da FUNCEB. “É muito relevante a diferença do que discutimos na primeira edição do FUNCEB ITINERANTE e o que viemos discutindo nesta quarta edição. A qualificação dos discursos e dos conhecimentos no campo cultural tem sido muito clara, e isto é mais uma demonstração do que se conseguiu avançar nos últimos anos. Agora, estamos discutindo coletivamente políticas públicas de forma abrangente, com pensamentos estruturantes”, disse ela.
Entre as pautas mais discutidas, destacaram-se as relações entre Cultura e Educação, questão apresentada pelos participantes de todas as reuniões, no sentido de articular programas e projetos que contribuam para a formação de cidadãos que reconheçam e consumam a diversidade da cultura desde a escola. Também foram assuntos sempre presentes o Sistema Estadual de Cultura, bem como os Planos Setoriais, numa perspectiva de estabelecer políticas culturais de Estado, para além de governos e gestores; as atribuições distintas e necessárias dos poderes municipal, estadual e federal, bem como as responsabilidades da sociedade civil; o orçamento público destinado à Cultura; a comunicação e os investimentos em divulgação para mobilização efetiva da sociedade; e as representações territoriais da SecultBA, com o pleito de qualificar a estrutura de atuação destes profissionais.
Outros temas recorrentes foram formação e qualificação de artistas; necessidade de capacitação de agentes para elaboração de projetos culturais; editais e mecanismos de apoio, com destaque para o Calendário das Artes; pleitos pela territorialização de projetos e concursos, bem como simplificação e desburocratização de processos; difusão da produção artística da Bahia; Pontos de Cultura; Economia Criativa; e acesso aos bens culturais.
ITINERÂNCIA – O primeiro encontro aconteceu no dia 3 de maio, no Centro de Cultura Amélio Amorim, em Feira de Santana, representando o Território do Portal do Sertão. O número de participantes – cerca de 15 pessoas – foi pequeno diante das dimensões e potencialidades da região, mas a qualificação da conversa estabelecida superou a questão quantitativa, fazendo do início da viagem um pontapé bastante estimulante do projeto.
A segunda reunião, em 4 de maio, reuniu mais de 100 pessoas no Colégio Estadual Normal de Pintadas, no Território da Bacia do Jacuípe, que foi também representado por cidadãos dos municípios de Nova Fátima, Riachão do Jacuípe, São José do Jacuípe e Várzea da Roça. Ainda havia pessoas oriundas do Território do Piemonte da Diamantina, que viajaram de Capim Grosso para estar no evento. A abertura do evento foi marcada pela apresentação do grupo Afro Som, de Capim Grosso, com música e dança de identidade afrobrasileira, além de uma esquete de Zuriel, intérprete do personagem Tibúrcio. Após o intervalo de almoço, a mestre da cultura popular Ananízia apresentou uma ladainha de grande beleza. No meio da tarde, mais uma apresentação artística: a dança do grupo Dançando Alto, de Riachão do Jacuípe.
A passagem pelo Território de Identidade do Sertão do São Francisco aconteceu na cidade de Juazeiro, no Centro de Cultura João Gilberto, em 6 de maio. Um grupo de cerca de 60 pessoas representou a produção artístico-cultural da região, com cidadãos da própria Juazeiro e das cidades de Casa Nova e Sento Sé, do mesmo território, e ainda de Senhor do Bonfim, do Piemonte Norte do Itapicuru. Além de o local ter sido palco para mais uma sessão teatral do projeto Teatro Escola, com plateia lotada por estudantes do município para conferir o espetáculo O Quinze, montado pela Cia. 1º Ato, os participantes do FUNCEB ITINERANTE também puderam assistir à performance dos poetas repentistas Valdir Lemos e Antônio do Pajeú.
O quarto encontro foi em Irecê, no território de mesmo nome, em 8 de maio, no Colégio Modelo Luis Eduardo Magalhães. Cerca de 20 pessoas compareceram à reunião, com cidadãos do próprio município e de Ibititá, Itaguaçu da Bahia, São Gabriel e Xique-Xique.
O município de Ibotirama foi a sede do quinto encontro, representando o Território de Identidade do Velho Chico, em 10 de maio, no Centro Territorial de Educação Profissional. Cerca de 60 agentes estiveram presentes, tanto de Ibotirama quanto de Igaporã. Na abertura, Reginaldo Bello, cantador, poeta, compositor, orientador musical e radialista, tocou para a plateia duas de suas músicas autorais, ambas inspiradas no Rio São Francisco. A equipe da FUNCEB também foi convidada para assistir ao ensaio da Quadrilha Junina Rica Flor, formada por 60 jovens, sob a batuta de Niltinho Negrão.
O penúltimo encontro foi realizado no Território do Sertão Produtivo, representado pela cidade de Caetité, em 12 de maio, na Casa Anísio Teixeira. Mais de 40 pessoas se reuniram à equipe da FUNCEB para o debate, realizado neste espaço de referência para a cultura da região, sediado no imóvel onde nasceu o educador que lhe dá nome. Os artistas plásticos Chicca Almeida, Osni Carvalho e Ivani Santos montaram exposição no pátio do local com seus quadros.
Fechando o FUNCEB ITINERANTE 2014, no dia 14 de maio, a cidade de Amargosa, do Território de Identidade do Vale do Jiquiriçá, recebeu cerca de 20 agentes locais e oriundos de Nova Itarana e Planaltino, do mesmo território, e de Cachoeira e Cruz das Almas, do Recôncavo, no Centro de Formação de Professores da UFRB.
Histórico do FUNCEB ITINERANTE – Na 1ª edição, entre agosto e setembro de 2011, foram visitadas as cidades de Alagoinhas (Litoral Norte-Agreste Baiano), Senhor do Bonfim (Piemonte Norte do Itapicuru), Itaberaba (Piemonte do Paraguaçu), Barreiras (Oeste Baiano), Vitória da Conquista (Vitória da Conquista) e Ilhéus (Litoral Sul). Na 2ª edição, em junho de 2012, a passagem foi por Teixeira de Freitas (Extremo Sul), Jequié (Médio Rio das Contas), Santa Maria da Vitória (Bacia do Rio Corrente), Seabra (Chapada Diamantina), Euclides da Cunha (Semiárido Nordeste II) e Cruz das Almas (Recôncavo). Já na 3ª edição, entre maio e junho de 2013, Valença (Baixo Sul), Porto Seguro (Costa do Descobrimento), Itapetinga (Médio Sudoeste), Macaúbas (Bacia do Paramirim), Jacobina (Piemonte da Diamantina), Paulo Afonso (Itaparica BA/PE) e Serrinha (Sisal) foram as sedes dos encontros.
A partir do que foi apreendido nesta circulação, o planejamento de ações da FUNCEB vem buscando dar retornos às demandas existentes. Dentre os reflexos deste processo, está o edital Calendário das Artes, atendendo ao pleito de instituir um mecanismo de apoio com premissas de territorialização da distribuição de recursos. Outro desdobramento fundamental ocorreu a partir da edição de 2012, quando o FUNCEB ITINERANTE permitiu a eleição de membros para composição dos Grupos de Articulação Setorial (GAS), que, com representantes de toda a Bahia, deram andamento ao processo de formação dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, posteriormente instituídos em dezembro de 2012. Assim, a ação contribuiu decisivamente para que se concretizasse este feito inédito na institucionalização da Cultura no estado.
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A Fundação Cultural do Estado da Bahia circula pelo estado, aprofundando o diálogo entre poder público e sociedade civil. Em cada encontro, as políticas públicas para as Artes na Bahia são pauta de debate.
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sexta-feira, 16 de maio de 2014
quarta-feira, 14 de maio de 2014
Gente de arte no FUNCEB ITINERANTE do Vale do Jiquiriçá
Ney Branches [Foto por Alex Oliveira] |
Ney Branches é gestor de Cultura de Nova Itarana. Promoveu encontros de capacitação para os grupos de Ternos de Reis e quadrilhas juninas da sua cidade.
Fábio Mendes [Foto por Alex Oliveira] |
Fábio Mendes é músico da cidade de Planaltina. É membro da banda Katrupya, A Tribo do Rock, que participou de festivais de música da região. Foi eleito representante do Território de Identidade Vale do Jiquiriçá no Conselho Estadual de Cultura e é suplente do Colegiado Setorial de Audiovisual da Bahia.
Marcelo Wilson Ribeiro [Foto por Alex Oliveira] |
Marcelo Wilson Ribeiro é técnico em audiovisual e DJ. Foi proponente do projeto DJs do Vale, selecionado na 2ª Chamada do Calendário das Artes 2013, que prevê a realização de atividades de formação técnica e musical para 30 jovens entre 13 e 17 anos, oriundos das comunidades de Tamanduá e Três Lagoas, em Amargosa.
Aiana Ferreira [Foto por Alex Oliveira] |
Aiana Ferreira é estudante do curso de Serviço Social da Universidade Federal do Recôncavo, em Cachoeira. “Sou espectadora assídua dos eventos culturais em Cachoeira. Acompanhei as postagens do blog do FUNCEB ITINERANTE e decidi participar do encontro em Amargosa”, conta.
Amargosa encerra o FUNCEB ITINERANTE 2014
Nesta quarta-feira, 14 de maio, foi realizada a última reunião do FUNCEB ITINERANTE 2014, feito que conclui o projeto e que fecha a lista da presença da FUNCEB em todos os territórios de identidade da Bahia, ao longo dos últimos quatro anos. O evento aconteceu em Amargosa, representando o Território de Identidade do Vale do Jiquiriçá, no Centro de Formação de Professores da UFRB. Cerca de 20 agentes da comunidade cultural da região compareceram, com diferentes cidades representadas - além da própria Amargosa, os municípios de Nova Itarana e Planaltino, do mesmo Território, e de Cachoeira e Cruz das Almas, do Recôncavo. Entre eles, estava o diretor de Cultura de Amargosa, Pedro Miguel; o gestor de Cultura de Nova Itarana, Ney Branches; e o membro eleito do Conselho Estadual de Cultura da Bahia, Fábio Mendes, também integrante do Colegiado Setorial de Audiovisual da Bahia.
O diálogo foi iniciado com a apresentação individual dos gestores da FUNCEB e uma consulta sobre o andamento da formação dos conselhos, sistemas e fundos de Cultura nos municípios. Os conteúdos colocados em pauta passaram por questões de politização social, a divulgação das ações desenvolvidas, o acesso aos bens culturais, a compreensão da sociedade sobre a gestão pública da Cultura, incluindo as dificuldades da gestão municipal desta pasta. Neste sentido, foi demandada uma maior articulação entre o poder estadual e os poderes municipais, para fortalecimento das instâncias das cidades, além de formação de diretorias de representação da SecultBA nos territórios, reforçando o trabalho dos representantes territoriais. Outro pleito foi a simplificação dos editais. A relação entre Educação e Cultura foi destacada, no sentido de formar cidadãos que compreendam, se insiram e consumam a diversidades das produções culturais, com perspectivas amplas.
O nível de aprofundamento do debate foi muito positivo, no sentido de demonstrar um evidente avanço no empoderamento social dos temas da Cultura, conforme depoimento de Nehle Franke, diretora geral da FUNCEB. "É muito relevante a diferença do que discutimos na primeira edição do FUNCEB ITINERANTE e o que viemos discutindo nesta quarta edição. A qualificação dos discursos e conhecimentos no campo cultural tem sido muito clara", disse ela.
Após o intervalo de almoço, houve uma explanação sobre as eleições do segundo mandato, do biênio de 2015-2016, dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, cuja consolidação é um dos desdobramentos mais relevantes do FUNCEB ITINERANTE, em busca de mobilizar a participação da comunidade do território. Em seguida, foram formados grupos setoriais, para as áreas de Audiovisual, Música e Teatro, setores que tiveram representantes presentes.
FUNCEB e comunidade reunidas [Foto por Alex Oliveira] |
O diálogo foi iniciado com a apresentação individual dos gestores da FUNCEB e uma consulta sobre o andamento da formação dos conselhos, sistemas e fundos de Cultura nos municípios. Os conteúdos colocados em pauta passaram por questões de politização social, a divulgação das ações desenvolvidas, o acesso aos bens culturais, a compreensão da sociedade sobre a gestão pública da Cultura, incluindo as dificuldades da gestão municipal desta pasta. Neste sentido, foi demandada uma maior articulação entre o poder estadual e os poderes municipais, para fortalecimento das instâncias das cidades, além de formação de diretorias de representação da SecultBA nos territórios, reforçando o trabalho dos representantes territoriais. Outro pleito foi a simplificação dos editais. A relação entre Educação e Cultura foi destacada, no sentido de formar cidadãos que compreendam, se insiram e consumam a diversidades das produções culturais, com perspectivas amplas.
O debate na cidade foi profundo e discutiu questões políticas importantes [Foto por Alex Oliveira] |
O nível de aprofundamento do debate foi muito positivo, no sentido de demonstrar um evidente avanço no empoderamento social dos temas da Cultura, conforme depoimento de Nehle Franke, diretora geral da FUNCEB. "É muito relevante a diferença do que discutimos na primeira edição do FUNCEB ITINERANTE e o que viemos discutindo nesta quarta edição. A qualificação dos discursos e conhecimentos no campo cultural tem sido muito clara", disse ela.
Após o intervalo de almoço, houve uma explanação sobre as eleições do segundo mandato, do biênio de 2015-2016, dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, cuja consolidação é um dos desdobramentos mais relevantes do FUNCEB ITINERANTE, em busca de mobilizar a participação da comunidade do território. Em seguida, foram formados grupos setoriais, para as áreas de Audiovisual, Música e Teatro, setores que tiveram representantes presentes.
terça-feira, 13 de maio de 2014
FUNCEB ITINERANTE chega ao seu destino final: Amargosa
Nesta terça-feira, 13 de maio, a equipe gestora da FUNCEB fez a viagem para a última parada do FUNCEB ITINERANTE 2014: a cidade de Amargosa, no Território de Identidade do Vale do Jiquiriçá, também formado pelos municípios de Brejões, Cravolândia, Elisio Medrado, Irajuba, Itaquara, Itiruçú, Jaguaquara, Jiquiriçá, Lafaiete Coutinho, Lagedo do Tabocal, Laje, Maracás, Milagres, Mutuípe, Nova Itarana, Planaltino, Santa Inês, São Miguel das Matas e Ubaíra.
Os cidadãos da região estão convidados a comparecer ao nosso encontro, que acontece na quarta-feira, 14 de maio, das 9 às 18 horas, no Centro de Formação de Professores/UFRB. Confirme sua participação pelo Facebook!
[Vídeo produzido pela Secretaria do Planejamento do Governo do Estado da Bahia]
Os cidadãos da região estão convidados a comparecer ao nosso encontro, que acontece na quarta-feira, 14 de maio, das 9 às 18 horas, no Centro de Formação de Professores/UFRB. Confirme sua participação pelo Facebook!
[Vídeo produzido pela Secretaria do Planejamento do Governo do Estado da Bahia]
segunda-feira, 12 de maio de 2014
Gente de arte no FUNCEB ITINERANTE do Sertão Produtivo
Chicca Almeida [Foto por Alex Oliveira] |
Chicca Almeida é artista visual e expôs obras no evento do FUNCEB ITINERANTE.
André Luiz Koehne [Foto por Alex Oliveira] |
André Luiz Koehne é escritor e presidente da Academia Caetiteense de Letras. Ao fundo, o Arquivo Público da cidade.
Vinícius Lima [Foto por Alex Oliveira] |
Vinícius Lima é músico da banda Natural Hate e organizador do Caetité Metal Open Air, festival de bandas de heavy metal, cuja primeira edição, realizada em 2013, foi selecionada pela 1ª Chamada do Calendário das Artes 2013. O evento contou com shows, exibição de documentários, workshops e feira de produtos. A segunda edição do festival, prevista para novembro de 2014, foi selecionada pelo Edital Setorial de Música 2014, gerido pela FUNCEB.
A casa da cultura de Caetité
O encontro do FUNCEB ITINERANTE 2014 em Caetité, no Território de Identidade Sertão Produtivo, aconteceu na Casa Anísio Teixeira (CAT), sediada no imóvel onde nasceu o educador que lhe dá nome. Tombado em 1978 pelo IPAC, o imóvel passou por uma ampla reforma em 2008, ano em que a CAT foi reconhecida como Ponto de Cultura, com a aprovação do projeto Memorial de Saberes e Fazeres Populares.
A Casa Anísio Teixeira tem como objetivo preservar e divulgar o pensamento e a obra do educador Anísio Teixeira. A entidade abriga um Centro de Memória, que preserva a arquitetura e o mobiliário de época; uma Biblioteca Pública informatizada e equipada também com uma Biblioteca Móvel que atende a população da zona rural; um Cine-Teatro que funciona como auditório e sala de cinema; Oficina de Arte-Educação, onde são desenvolvidas atividades de educação ambiental; Núcleo de Contação de Histórias, que recebe alunos de escolas da cidade; Sala de Cultura Digital, disponível para a população em geral, em especial aos usuários da Biblioteca; e um pátio externo para eventos culturais e educativos.
“Os nossos maiores desafios são a administração da casa, a constante proposição de projetos e a busca pela sustentabilidade. Felizmente, nós temos muitos apoios”, conta Mara Ledo, diretora da CAT desde 2001. A entidade também recebe recursos do poder público local e de indústrias do setor da mineração localizadas na cidade. “Caetité tem muito orgulho da Casa. Não são muitas as cidades baianas que contam com cinema, biblioteca, museu e sala de informática reunidos num mesmo espaço”, afirma.
A CAT conta ainda com um grupo de teatro residente, a Dobradores de Arte: A Trupe, dirigida por Fernando Dias, que também coordena a Casa. “A Trupe surgiu a partir de uma oficina promovida pela CAT e virou uma atividade de extensão da UNEB, graças à intermediação de Mara, que também era professora da universidade. Hoje nós somos o grupo residente e podemos desfrutar da infraestrutura que a CAT disponibiliza”, conta Fernando.
A Trupe foi a realizadora das edições do Projeto FESTCASA, que levou espetáculos teatrais para praças, feiras e palcos de Caetité, selecionados através de edital. O grupo teve dois dos espetáculos do seu repertório - O Avarento e História de uma Caixola - selecionados pelo Credenciamento de Artistas dos Espaços Culturais da SecultBA.
A Casa Anísio Teixeira tem como objetivo preservar e divulgar o pensamento e a obra do educador Anísio Teixeira. A entidade abriga um Centro de Memória, que preserva a arquitetura e o mobiliário de época; uma Biblioteca Pública informatizada e equipada também com uma Biblioteca Móvel que atende a população da zona rural; um Cine-Teatro que funciona como auditório e sala de cinema; Oficina de Arte-Educação, onde são desenvolvidas atividades de educação ambiental; Núcleo de Contação de Histórias, que recebe alunos de escolas da cidade; Sala de Cultura Digital, disponível para a população em geral, em especial aos usuários da Biblioteca; e um pátio externo para eventos culturais e educativos.
Ailton Pinheiro é técnico da Sala de Cultura Digital, aberta ao público geral [Foto por Alex Oliveira] |
“Os nossos maiores desafios são a administração da casa, a constante proposição de projetos e a busca pela sustentabilidade. Felizmente, nós temos muitos apoios”, conta Mara Ledo, diretora da CAT desde 2001. A entidade também recebe recursos do poder público local e de indústrias do setor da mineração localizadas na cidade. “Caetité tem muito orgulho da Casa. Não são muitas as cidades baianas que contam com cinema, biblioteca, museu e sala de informática reunidos num mesmo espaço”, afirma.
Mara Ledo, diretora da Casa Anísio Teixeira [Foto por Alex Oliveira] |
A CAT conta ainda com um grupo de teatro residente, a Dobradores de Arte: A Trupe, dirigida por Fernando Dias, que também coordena a Casa. “A Trupe surgiu a partir de uma oficina promovida pela CAT e virou uma atividade de extensão da UNEB, graças à intermediação de Mara, que também era professora da universidade. Hoje nós somos o grupo residente e podemos desfrutar da infraestrutura que a CAT disponibiliza”, conta Fernando.
A Trupe foi a realizadora das edições do Projeto FESTCASA, que levou espetáculos teatrais para praças, feiras e palcos de Caetité, selecionados através de edital. O grupo teve dois dos espetáculos do seu repertório - O Avarento e História de uma Caixola - selecionados pelo Credenciamento de Artistas dos Espaços Culturais da SecultBA.
Fernando Dias, coordenador da CAT e diretor da Dobradores de Arte: A Trupe [Foto por Alex Oliveira] |
FUNCEB ITINERANTE encontra a comunidade cultural de Caetité
Nesta segunda-feira, 12 de maio, o FUNCEB ITINERANTE 2014 realizou seu penúltimo encontro, na cidade de Caetité, no Território de Identidade do Sertão Produtivo, em evento realizado na Casa Anísio Teixeira. Os gestores da FUNCEB estavam reunidos no local às 9 horas da manhã, conforme programação, mas o número de pessoas que se fizeram presentes para participar da conversa foi considerado aquém da potencialidade local, conforme depoimento dos que estavam lá. Por conta disso, decidiu-se suspender as atividades do turno matutino e reservar as horas da manhã para buscar mobilizar a comunidade.
Já às 14 horas, o auditório da Casa Anísio Teixeira foi ocupado por mais de 40 cidadãos interessados neste debate, que foi iniciado com a apresentação individual dos gestores da FUNCEB. Em seguida, foi aberto o espaço de diálogo, tendo sido colocadas questões como difusão da produção artística, formação e qualificação de agentes da cultura, formas de demandar realizações da SecultBA na região e divulgação das ações. Também foram relatadas iniciativas de institucionalização da Cultura na localidade, com formação de associações. Os projetos que relacionam Educação e Cultura foram colocados como uma prioridade, com o pleito de que a articulação entre estas duas pastas seja mais eficiente. A necessidade de colocar os artistas locais em contato com repertórios contemporâneos de outras origens foi ainda listada como uma demanda essencial, de modo que trocas e intercâmbios possam qualificar e referenciar o lugar das artes do Território no panorama do estado e do país.
Com o fim dos questionamentos da plateia, houve uma explanação sobre as eleições do segundo mandato, do biênio de 2015-2016, dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, cuja consolidação é um dos desdobramentos mais relevantes do FUNCEB ITINERANTE, em busca de mobilizar a participação da comunidade do território. Em seguida, foram formados grupos setoriais, para uma conversa específica sobre a produção artística em cada linguagem e as questões pertinentes a cada uma delas.
Já às 14 horas, o auditório da Casa Anísio Teixeira foi ocupado por mais de 40 cidadãos interessados neste debate, que foi iniciado com a apresentação individual dos gestores da FUNCEB. Em seguida, foi aberto o espaço de diálogo, tendo sido colocadas questões como difusão da produção artística, formação e qualificação de agentes da cultura, formas de demandar realizações da SecultBA na região e divulgação das ações. Também foram relatadas iniciativas de institucionalização da Cultura na localidade, com formação de associações. Os projetos que relacionam Educação e Cultura foram colocados como uma prioridade, com o pleito de que a articulação entre estas duas pastas seja mais eficiente. A necessidade de colocar os artistas locais em contato com repertórios contemporâneos de outras origens foi ainda listada como uma demanda essencial, de modo que trocas e intercâmbios possam qualificar e referenciar o lugar das artes do Território no panorama do estado e do país.
Reunião ocorreu no auditório multiuso da Casa Anísio Teixeira, centro cultural de referência na Bahia [Foto por Alex Oliveira] |
Plateia reunida em Caetité [Foto por Alex Oliveira] |
Com o fim dos questionamentos da plateia, houve uma explanação sobre as eleições do segundo mandato, do biênio de 2015-2016, dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, cuja consolidação é um dos desdobramentos mais relevantes do FUNCEB ITINERANTE, em busca de mobilizar a participação da comunidade do território. Em seguida, foram formados grupos setoriais, para uma conversa específica sobre a produção artística em cada linguagem e as questões pertinentes a cada uma delas.
O bate-papo setorial de Artes Visuais foi feito em meio às obras que foram expostas no local especialmente para o FUNCEB ITINERANTE [Foto por Alex Oliveira] |
No meio do caminho tinha o Circo Holiday
Quando anunciamos o itinerário do FUNCEB ITINERANTE 2014, recebemos um convite, pela página da FUNCEB no Facebook: fazer uma parada no Circo Holiday, montado em Riacho de Santana, na passagem entre Ibotirama e Caetité. Hoje, quando percorremos este trecho, atendemos ao chamado e conhecemos esta família circense de muitas boas histórias para contar. A conversa permitiu um debate sobre questões do circo na Bahia. Eles apresentaram suas experiências e fizeram suas sugestões. A FUNCEB falou de seus projetos para o Circo. Foi uma hora de boas trocas e bate-papo.
Agradecemos aos integrantes do Circo Holiday pela gentileza da recepção. A cada encontro como este, fica claro como o Circo da Bahia tem as suas tradições mantidas em boas mãos.
Agradecemos aos integrantes do Circo Holiday pela gentileza da recepção. A cada encontro como este, fica claro como o Circo da Bahia tem as suas tradições mantidas em boas mãos.
Representantes da FUNCEB e membros do Circo Holiday |
domingo, 11 de maio de 2014
Penúltima parada do FUNCEB ITINERANTE 2014: Caetité
O sexto e penúltimo destino do FUNCEB ITINERANTE 2014 é Caetité, cidade do Território de Identidade do Sertão Produtivo, formado por mais 18 municípios: Guanambi, Brumado, Palmas de Monte Alto, Iuiú, Candiba, Pindaí, Urandi, Sebastião Laranjeiras, Ibiassucê, Caculé, Rio do Antonio, Malhada de Pedras, Tanhaçu, Ituaçu, Contendas do Sincorá, Dom Basílio, Livramento de Nossa Senhora e Lagoa Real. O município é terra natal do educador Anísio Teixeira e do músico Waldick Soriano.
Dentre as manifestações culturais tradicionais do Sertão Produtivo, estão o Terno de Reis, a Chula do Pilão (associada ao preparo da farofa de milho servida para os convidados de um casamento, com muita cantoria e dança), o Maculelê, a Puxada de Rede, as fanfarras, a capoeira e o samba de roda. O artesanato da região é diversificado, com destaque para as cerâmicas de influência indígena, a renda e os bordados, e artefatos feitos de uma variedade de minérios abundantes na região.
A comunidade local está convidada a comparecer ao nosso encontro, que acontece nesta segunda-feira, 12 de maio, das 9 às 18 horas, na Casa Anísio Teixeira. Confirme sua participação pelo Facebook!
[Vídeo produzido pela Secretaria do Planejamento do Governo do Estado da Bahia]
Dentre as manifestações culturais tradicionais do Sertão Produtivo, estão o Terno de Reis, a Chula do Pilão (associada ao preparo da farofa de milho servida para os convidados de um casamento, com muita cantoria e dança), o Maculelê, a Puxada de Rede, as fanfarras, a capoeira e o samba de roda. O artesanato da região é diversificado, com destaque para as cerâmicas de influência indígena, a renda e os bordados, e artefatos feitos de uma variedade de minérios abundantes na região.
A comunidade local está convidada a comparecer ao nosso encontro, que acontece nesta segunda-feira, 12 de maio, das 9 às 18 horas, na Casa Anísio Teixeira. Confirme sua participação pelo Facebook!
[Vídeo produzido pela Secretaria do Planejamento do Governo do Estado da Bahia]
sábado, 10 de maio de 2014
Gente de arte no FUNCEB ITINERANTE do Velho Chico
Reginaldo Pereira [Foto por Alex Oliveira] |
Reginaldo Pereira é secretário de Cultura de Ibotirama, responsável pela realização da Semana da Cultura, em agosto, no aniversário da cidade. A comemoração inclui micareta, exposições e seus grandes destaques: o Festival de Música Popular de Ibotirama e o Festival de Poesia de Ibotirama. “A partir do encontro de hoje, pretendemos avaliar a possibilidade de inscrição dos nossos festivais em algum edital específico. O FUNCEB ITINERANTE é importante por dar mais ânimo ao artista e aproximá-lo da FUNCEB”, afirma Reginaldo.
Márcia Nascimento [Foto por Alex Oliveira] |
Márcia Nascimento é professora de língua portuguesa e gestora escolar no Colégio Municipal 2 de Julho, na comunidade de Boa Vista do Lagamar, em Ibotirama, onde trabalha há oito anos. Márcia foi proponente do projeto 1º Festival de Literatura de Cordel da Comunidade Boa Vista do Lagamar, selecionado pela 2ª Chamada do Calendário das Artes 2012. O projeto previa oficinas de confecção dos cordéis e apresentações artísticas feitas por e para os membros da comunidade.
Eugênio Oliveira [Foto por Alex Oliveira] |
Eugênio Oliveira é artista visual de Ibotirama. Foi proponente do projeto Arte Jovem (Oficinas em Madeira, Grafite, Artesanato em Produtos Recicláveis), selecionado na 1ª Chamada do Calendário das Artes 2012, da FUNCEB. O projeto, voltado para crianças e jovens de bairros populares de Ibotirama, abordou diversas técnicas das artes visuais. “Eu sou autodidata. Aprendi vendo os desenhos do meu pai, que trabalhava na construção civil. Pretendo pesquisar mais sobre o graffiti e poder melhorar a qualidade dos meus próximos projetos”, conta.
Neilson Pinto [Foto por Alex Oliveira] |
Neilson Pinto é poeta e pintor ibotiramense. O artista já publicou desenhos na mostra que acontece nas comemoração de aniversário da cidade e ainda participou diversas vezes do Festival de Poesia de Ibotirama, que existe desde 1986 e revelou dezenas de talentos de todo o Território de Identidade Velho Chico.
Júlio Delfino [Foto por Alex Oliveira] |
Júlio Delfino é ator e oficineiro de teatro. É diretor do espetáculo A Longa Noite, atividade do projeto homônimo, selecionado na 1ª Chamada do Calendário das Artes 2013, da FUNCEB. “Eu defendo o teatro. Espero que se abra ainda mais espaço para o interior, inclusive nos editais setoriais”, declara Júlio.
Rica Flor desabrocha ao som do forró
A equipe da FUNCEB foi convidada para assistir ao ensaio do espetáculo que a Quadrilha Junina Rica Flor prepara para os festivais e eventos que acontecem em junho em Ibotirama e em diversas cidades da Bahia. Sob a batuta de Niltinho Negrão, cerca de 60 jovens ocuparam todos os espaços da quadra com energia, carisma e, claro, muito forró nos pés.
Após a apresentação de parte do espetáculo, quadrilheiros e integrantes da equipe da FUNCEB participaram de um bate-papo. Matias Santiago, coordenador de Dança da FUNCEB, se disse emocionado com a performance e a dedicação dos dançarinos, representantes desta importante manifestação cultural nordestina, que agrega a dança e outras linguagens artísticas em sua atuação.
Veja mais fotos do ensaio da Quadrilha Junina Rica Flor, por Alex Oliveira, no álbum completo de Ibotirama.
Após a apresentação de parte do espetáculo, quadrilheiros e integrantes da equipe da FUNCEB participaram de um bate-papo. Matias Santiago, coordenador de Dança da FUNCEB, se disse emocionado com a performance e a dedicação dos dançarinos, representantes desta importante manifestação cultural nordestina, que agrega a dança e outras linguagens artísticas em sua atuação.
Veja mais fotos do ensaio da Quadrilha Junina Rica Flor, por Alex Oliveira, no álbum completo de Ibotirama.
Um gogó de ouro de Ibotirama
A abertura do encontro do FUNCEB ITINERANTE 2014 em Ibotirama, no auditório do Centro Territorial de Educação Profissional – CETEP Velho Chico, foi ao som de Reginaldo Bello, cantador, poeta, compositor, orientador musical e radialista. “Há muito tempo trabalho com cultura. Eu fui um dos fundadores e, depois, um dos maiores vencedores do Festival de Música Popular de Ibotirama, até meados dos anos 1990, quando deixei de concorrer. Já fui secretário de Cultura e hoje continuo trabalhando na Secretaria como um dos organizadores dos festivais. Além disso, sou orientador de violão para cerca de 60 alunos, que aprendem desde teoria musical a composição”, conta Reginaldo.
Assista à entrevista feita com Reginaldo Bello nos estúdios da Ibotirama FM:
Assista à entrevista feita com Reginaldo Bello nos estúdios da Ibotirama FM:
Arte nas águas do Velho Chico
Atracado na margem do Rio São Francisco, em Ibotirama, o velho vapor São Salvador, transformado no Barco Escola, é sede do projeto CULTURA A TODO VAPOR – Chamada à Cultura do Velho Chico, selecionado pelo Edital de Dinamização de Espaços Culturais, da SecultBA. O projeto objetiva dinamizar o equipamento cultural, sob a gestão da Secretaria de Cultura de Ibotirama, através da realização de seis shows musicais com artistas locais e regionais, quatro apresentações teatrais, duas apresentações de dança, quatro oficinas de artesanato, 12 exibições de filmes brasileiros e quatro apresentações de grupos da cultura popular. As atividades devem acontecer até o final de 2014.
Barco Escola, espaço cultural flutuante [Foto por Alex Oliveira] |
Encontro em Ibotirama comprova a mobilização cultural da região
Cerca de 60 pessoas, com cidadãos de Ibotirama e de Igaporã, compareceram ao quinto encontro do FUNCEB ITINERANTE 2014, realizado no Centro Territorial de Educação Profissional de Ibotirama, neste dia 10 de maio. O evento foi aberto com falas do secretário municipal de Cultura, Reginaldo Pereira, e da diretora geral da FUNCEB, Nehle Franke.
Logo em seguida, Reginaldo Bello, cantador, poeta, compositor, orientador musical e radialista, tocou para a plateia duas de suas músicas autorais, ambas inspiradas no Rio São Francisco.
Depois, todo o turno matutino foi ocupado com uma conversa que foi iniciada com a apresentação individual dos gestores da FUNCEB. Com o espaço aberto, as pautas apresentadas pelos presentes trataram de formas e ações para a difusão da produção artística, articulação entre políticas para a Cultura e a Educação, capacitação de artistas e produtores, comunicação, representação territorial da SecultBA, bem como manifestações da cultura popular da região, inclusive com representantes de quadrilha, comunidade quilombola e zonas rurais. O formato e as práticas do Calendário das Artes também foram avaliados, com a referência de que o Território do Velho Chico já teve 19 projetos apoiados por este edital, em suas quatro chamadas já concluídas, realizadas em 2012 e 2013, o que o coloca como a região mais alcançada pelo concurso; e que a cidade de Ibotirama está apenas atrás de Salvador na lista de contemplados por este prêmio, com oito propostas selecionadas. As experiências vividas pelos presentes foram compartilhadas e a institucionalização da Cultura em Ibotirama também mereceu destaque e respeito: o município tem Conselho de Cultura e Fundo de Cultura, e está trabalhando na consolidação do Plano Municipal de Cultura.
Após o intervalo de almoço, houve uma explanação sobre as eleições do segundo mandato, do biênio de 2015-2016, dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, cuja consolidação é um dos desdobramentos mais relevantes do FUNCEB ITINERANTE, em busca de mobilizar a participação da comunidade do território. Em seguida, foram formados grupos setoriais, para uma conversa específica sobre a produção artística em cada linguagem e as questões pertinentes a cada uma delas.
Reginaldo Pereira, secretário de Cultura de Ibotirama, e Nehle Franke, diretora geral da FUNCEB [Foto por Alex Oliveira] |
Logo em seguida, Reginaldo Bello, cantador, poeta, compositor, orientador musical e radialista, tocou para a plateia duas de suas músicas autorais, ambas inspiradas no Rio São Francisco.
Reginald Bello cantou e tocou o Rio São Francisco [Foto por Alex Oliveira] |
Depois, todo o turno matutino foi ocupado com uma conversa que foi iniciada com a apresentação individual dos gestores da FUNCEB. Com o espaço aberto, as pautas apresentadas pelos presentes trataram de formas e ações para a difusão da produção artística, articulação entre políticas para a Cultura e a Educação, capacitação de artistas e produtores, comunicação, representação territorial da SecultBA, bem como manifestações da cultura popular da região, inclusive com representantes de quadrilha, comunidade quilombola e zonas rurais. O formato e as práticas do Calendário das Artes também foram avaliados, com a referência de que o Território do Velho Chico já teve 19 projetos apoiados por este edital, em suas quatro chamadas já concluídas, realizadas em 2012 e 2013, o que o coloca como a região mais alcançada pelo concurso; e que a cidade de Ibotirama está apenas atrás de Salvador na lista de contemplados por este prêmio, com oito propostas selecionadas. As experiências vividas pelos presentes foram compartilhadas e a institucionalização da Cultura em Ibotirama também mereceu destaque e respeito: o município tem Conselho de Cultura e Fundo de Cultura, e está trabalhando na consolidação do Plano Municipal de Cultura.
Plateia em Ibotirama [Foto por Alex Oliveira] |
Após o intervalo de almoço, houve uma explanação sobre as eleições do segundo mandato, do biênio de 2015-2016, dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, cuja consolidação é um dos desdobramentos mais relevantes do FUNCEB ITINERANTE, em busca de mobilizar a participação da comunidade do território. Em seguida, foram formados grupos setoriais, para uma conversa específica sobre a produção artística em cada linguagem e as questões pertinentes a cada uma delas.
sexta-feira, 9 de maio de 2014
O FUNCEB ITINERANTE chega a Ibotirama, no Velho Chico
O quinta parada do FUNCEB ITINERANTE 2014 é Ibotirama, no Território de Identidade Velho Chico, que agrega mais 15 municípios: Barra, Bom Jesus da Lapa, Brotas de Macaúbas, Carinhanha, Feira da Mata, Igaporã, Malhada, Matina, Morporá, Muquém do São Francisco, Oliveira dos Brejinhos, Paratinga, Riacho de Santana, Serra do Ramalho e Sítio do Mato.
Ibotirama é sede de dois importantes eventos do Velho Chico: a Semana de Cultura de Ibotirama (Festival de Música e Poesia) e o Movimento Canta Vale. O território é cenário de festas populares tradicionais (principalmente aquelas ligadas ao Rio São Francisco), dentre as quais as procissões e romarias, Reisado, Rodas de São Gonçalo, Reis do Boi, Reis da Mulinha, Cavalhadas, Marujadas e rodas de samba e coco. Há ainda as manifestações culturais associadas aos eventos religiosos, com destaque para aquelas que acontecem na cidade de Bom Jesus da Lapa, visitada por romeiros e fiéis católicos de todo o Brasil.
Abaixo, uma das fotos feitas pelo nosso fotógrafo, Alex Oliveira, na chegada à cidade. Mais fotos deste ensaio à beira do São Francisco podem ser vistas no álbum completo de Ibotirama.
Ibotirama é sede de dois importantes eventos do Velho Chico: a Semana de Cultura de Ibotirama (Festival de Música e Poesia) e o Movimento Canta Vale. O território é cenário de festas populares tradicionais (principalmente aquelas ligadas ao Rio São Francisco), dentre as quais as procissões e romarias, Reisado, Rodas de São Gonçalo, Reis do Boi, Reis da Mulinha, Cavalhadas, Marujadas e rodas de samba e coco. Há ainda as manifestações culturais associadas aos eventos religiosos, com destaque para aquelas que acontecem na cidade de Bom Jesus da Lapa, visitada por romeiros e fiéis católicos de todo o Brasil.
Abaixo, uma das fotos feitas pelo nosso fotógrafo, Alex Oliveira, na chegada à cidade. Mais fotos deste ensaio à beira do São Francisco podem ser vistas no álbum completo de Ibotirama.
Ponte sobre o Rio São Francisco, em Ibotirama [Foto por Alex Oliveira] |
quinta-feira, 8 de maio de 2014
Gente de arte no FUNCEB ITINERANTE de Irecê
Valdiclea da Silva Marques [Foto por Alex Oliveira] |
Valdiclea da Silva Marques é professora de dança e capoeira do grupo Quilombo Art Dance, sediado em Batatas, comunidade quilombola do município de Ibititá, no Território de Identidade de Irecê. Seu trabalho promove a inserção cultural de crianças e jovens da localidade, oportunizando experiências educacionais e de transformação social. Com pouco mais de 300 habitantes, Batatas preserva manifestações como Maculelê, Reisado e o Desfile de Caretas, que ocorre no Sábado de Aleluia. Valdiclea é mãe de sete filhos, que são também seus alunos. “Todos eles dançam e aprendem tudo: dança afro, samba-de-roda, hip hop, axé... A minha filha de 6 anos já se apresenta comigo”, conta.
Eduão [Foto por Alex Oliveira] |
Eduão é escritor e produtor da Cantoria de São Gabriel, evento que acontece anualmente desde 1991 na cidade de São Gabriel, no Território de Identidade de Irecê. A Cantoria é produzida pela Fundação Culturarte de São Gabriel e, durante três noites do mês de julho, inclui espetáculos de música popular brasileira, apresentações circenses e de dança, números de repente e viola, dentre outras expressões artísticas. Em 2003, a Fundação Culturarte foi contemplada pelo Edital de Eventos Culturais Calendarizados 2013-2015, da SecultBA, com o projeto da Cantoria.
Ney Lagoa [Foto por Alex Oliveira] |
Ney Lagoa é cantor, compositor e professor de música. Participou de várias edições da Cantoria, tem dois álbuns individuais gravados e duas participações em coletâneas.
Maria Helena [Foto por Alex Oliveira] |
Maria Helena integra a equipe de coordenação da pasta da Cultura no município de Xique-Xique, no Território de Identidade de Irecê. “Eu vim representando a comunidade”, ressalva a mobilizadora cultural, que também participa do grupo de samba-de-roda Pisadaê. “Este vestido foi presente de uns índios kiriris que eu ‘adotei’ em Barreiras”, relembra.
Alex Santana Guedes [Foto por Alex Oliveira] |
Alex Santana Guedes é produtor e professor do Projeto de Musicalização de Menores em Irecê, formando jovens em situação de risco através da música, em suas mais diversas representações e estilos. Produz corais e conjuntos vocais, e tem parcerias com outras instituições sociais: “Tenho vontade de criar também um coral dentro da Polícia Militar e produzo eventos para várias igrejas, pois acredito que é possível fazer cultura de forma ecumênica”, revela.
Sandoval Dourado [Foto por Alex Oliveira] |
Sandoval Dourado é cineasta e integra a produtora Sertão Filmes. Dentre outros filmes, dirigiu o Zé Degredo e o Malamém e Antônio e Maria, ambos selecionados em edições do Edital Setorial de Audiovisual, da FUNCEB. Outro projeto contemplado é o Festival Internacional de Cinema do Sertão, que consiste na realização de um festival competitivo de filmes em curta-metragem em Irecê, em 2015. O evento prevê a participação de realizadores de outros estados do Brasil e do exterior para troca de experiências com cineastas do interior do estado, incluindo oficinas, apresentações da cultura popular, premiação e circulação em algumas cidades do território.
Irecê compartilha suas experiências no FUNCEB ITINERANTE 2014
Irecê, cidade com mesmo nome de seu território, sediou o quarto encontro do FUNCEB ITINERANTE 2014, nesta quinta-feira, 8 de maio, no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães. Cerca de 20 pessoas compareceram ao evento, com pessoas do próprio município e de Ibititá, Itaguaçu da Bahia, São Gabriel e Xique-Xique.
No turno matutino, todos os presentes se reuniram no auditório para uma conversa que foi iniciada com a apresentação individual dos gestores da FUNCEB. Com a participação dos artistas e agentes culturais da região, muitas experiências foram compartilhadas, com depoimentos que retrataram especialmente a atuação na formação de jovens através da arte e da cultura, pautando inclusive a relação entre Educação e Cultura, e as políticas que envolvem os dois campos. Foram também debatidas questões como comunicação e formas de alcançar as comunidades mais distanciadas, os pontos de cultura, a atuação da representação territorial e a necessidade de atuação de todos como multiplicadores, os editais e outras formas de captação de recursos, o entendimento da cultura como parte integrante da economia, entre outras pautas.
Após o intervalo de almoço, houve uma explanação sobre as eleições do segundo mandato, do biênio de 2015-2016, dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, cuja consolidação é um dos desdobramentos mais relevantes do FUNCEB ITINERANTE, em busca de mobilizar a participação da comunidade do território. Em seguida, foram formados grupos setoriais, para uma conversa específica sobre a produção artística em cada linguagem e as questões pertinentes a cada uma delas, com a especificidade de que, desta vez, Dança e Teatro trabalharam em conjunto, visto que, na realidade local, os artistas integram estas duas áreas.
[Foto por Alex Oliveira] |
No turno matutino, todos os presentes se reuniram no auditório para uma conversa que foi iniciada com a apresentação individual dos gestores da FUNCEB. Com a participação dos artistas e agentes culturais da região, muitas experiências foram compartilhadas, com depoimentos que retrataram especialmente a atuação na formação de jovens através da arte e da cultura, pautando inclusive a relação entre Educação e Cultura, e as políticas que envolvem os dois campos. Foram também debatidas questões como comunicação e formas de alcançar as comunidades mais distanciadas, os pontos de cultura, a atuação da representação territorial e a necessidade de atuação de todos como multiplicadores, os editais e outras formas de captação de recursos, o entendimento da cultura como parte integrante da economia, entre outras pautas.
[Foto por Alex Oliveira] |
Após o intervalo de almoço, houve uma explanação sobre as eleições do segundo mandato, do biênio de 2015-2016, dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, cuja consolidação é um dos desdobramentos mais relevantes do FUNCEB ITINERANTE, em busca de mobilizar a participação da comunidade do território. Em seguida, foram formados grupos setoriais, para uma conversa específica sobre a produção artística em cada linguagem e as questões pertinentes a cada uma delas, com a especificidade de que, desta vez, Dança e Teatro trabalharam em conjunto, visto que, na realidade local, os artistas integram estas duas áreas.
FUNCEB ITINERANTE chega a Irecê
A equipe gestora da FUNCEB já chegou ao quarto destino do FUNCEB ITINERANTE 2014: a cidade de Irecê, nome que também batiza o território, formado por mais 19 municípios: América Dourada, Barra do Mendes, Barro Alto, Cafarnaum, Canarana, Central, Gentio do Ouro, Ibipeba, Ibititá, Ipupiara, Itaguacu da Bahia, João Dourado, Jussara, Lapão, Mulungu do Morro, Presidente Dutra, São Gabriel, Uibaí e Xique-Xique.
Os cidadãos da região estão convidados a comparecer ao nosso encontro, que acontece na quinta-feira, 8 de maio, das 9 às 18 horas, no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães. Confirme sua participação pelo Facebook!
Os cidadãos da região estão convidados a comparecer ao nosso encontro, que acontece na quinta-feira, 8 de maio, das 9 às 18 horas, no Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães. Confirme sua participação pelo Facebook!
quarta-feira, 7 de maio de 2014
Gente de arte no FUNCEB ITINERANTE do Sertão do São Francisco
Marcos Velasch [Foto por Alex Oliveira] |
Marcos Velasch é ator, cenógrafo e produtor. É auxiliar de coordenação do projeto Corpo/Movimento: Núcleos de Estudos em Dança, aprovado no Edital Setorial de Dança 2013, da FUNCEB. O NED objetiva a formação de grupos em escolas públicas de bairros periféricos de Juazeiro, Curaçá e Senhor do Bonfim, através de atividades de pesquisa, discussão e experimentação.
Júnior Rocha [Foto por Alex Oliveira] |
Júnior Rocha é produtor cultural e designer gráfico. Produz o Coletivo Coletânea, um programa de rádio no ar há 15 anos, e A Voz do Brasil, evento que ocorre mensalmente no Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro, e reúne atividades em diversas linguagens artísticas, como o audiovisual e a dança, mas sobretudo a música nacional regional. Júnior foi o proponente do projeto Corpo/Movimento: Núcleos de Estudos em Dança, que vai se encerrar com uma mostra de dança, prevista para 24 de maio.
Elder Ermi [Foto por Alex Oliveira] |
Elder Ermi é ator e integra o grupo Abordagem Teatral, que tem estreia prevista para maio do espetáculo O Alienista, texto de Machado de Assis.
Sérgio Murilo Cavalcanti [Foto por Alex Oliveira] |
Sérgio Murilo Cavalcanti é poeta, compositor e coordenador do Festival de Repente Rap, evento com programação diversificada nas diversas linguagens artísticas, como batalhas entre repentistas e rappers, shows musicais, apresentações de dança e mesas de discussão. A primeira edição do festival, ocorrida em 2013, e a segunda, com previsão para 2015, foram selecionadas pelo Edital Territórios Culturais, da SecultBA, em 2013 e 2014, respectivamente.
Luciano Correia [Foto por Alex Oliveira] |
Luciano Correia é coordenador de Cultura e Turismo de Casa Nova, município do Território de Identidade do Sertão do São Francisco. “O FUNCEB ITINERANTE é louvável por sair do eixo Salvador e mostrar que todos os baianos podem ser contemplados, mas para isso deve haver mais participação da sociedade civil”, conta. “A nossa maior demanda é por qualificação dos agentes culturais”, conclui.
Cinema em expedição no interior nordestino
Com objetivo de pesquisar, registrar e difundir as riquezas culturais, históricas e ambientais interioranas, o projeto Cinema no Interior, da produtora Mont Serrat Filmes, tem a própria população local como principais pesquisadores, produtores, protagonistas e plateia inicial.
As ações da iniciativa consistem em oficinas de fotografia, formação de atores e roteiro de cinema, a fim de viabilizar a produção e publicação de livros fotográficos e de curtas-metragens, culminando com uma mostra com premiação aos destaques, homenagens e lançamento dos produtos gerados nas oficinas.
Após edições em sete estados nordestinos e outras localidades dentro e fora do Brasil, o Cinema no Interior chega à Bahia após ter sido um dos selecionados no Edital Setorial de Audiovisual 2014, da FUNCEB. A edição baiana do projeto, em fase de pré-produção, prevê uma expedição saindo de Paulo Afonso em direção a Belmonte.
“Meus projetos todos foram realizados através de editais. Eu não conhecia o Edital Setorial de Audiovisual, mas fiquei muito encantado com a sua estrutura e com a possibilidade de executar o meu projeto na Bahia, que tem uma política de leis de incentivo a anos-luz de outros estados brasileiros”, conta o pernambucano Marcos Carvalho, cineasta, produtor cultural e coordenador do projeto, nascido em Serra Talhada e que vive há 12 anos na Bahia.
As ações da iniciativa consistem em oficinas de fotografia, formação de atores e roteiro de cinema, a fim de viabilizar a produção e publicação de livros fotográficos e de curtas-metragens, culminando com uma mostra com premiação aos destaques, homenagens e lançamento dos produtos gerados nas oficinas.
Após edições em sete estados nordestinos e outras localidades dentro e fora do Brasil, o Cinema no Interior chega à Bahia após ter sido um dos selecionados no Edital Setorial de Audiovisual 2014, da FUNCEB. A edição baiana do projeto, em fase de pré-produção, prevê uma expedição saindo de Paulo Afonso em direção a Belmonte.
“Meus projetos todos foram realizados através de editais. Eu não conhecia o Edital Setorial de Audiovisual, mas fiquei muito encantado com a sua estrutura e com a possibilidade de executar o meu projeto na Bahia, que tem uma política de leis de incentivo a anos-luz de outros estados brasileiros”, conta o pernambucano Marcos Carvalho, cineasta, produtor cultural e coordenador do projeto, nascido em Serra Talhada e que vive há 12 anos na Bahia.
Marcos Carvalho coordena o projeto [Foto por Alex Oliveira] |
O drama da seca nos palcos de Juazeiro
A plateia estava lotada por estudantes no Centro de Cultura João Gilberto, em Juazeiro, para conferir o espetáculo O Quinze, montado pela Cia. 1º Ato, numa ação do projeto Teatro Escola. O texto é o primeiro e mais popular romance de Rachel de Queiroz, publicado em 1930, e se refere à grande seca de 1915, vivida pela escritora em sua infância.
Devilles, diretor do espetáculo, é o fundador da companhia que atua no Vale do São Francisco. “Nós tínhamos muita dificuldade em atrair público. Passamos por um processo de descoberta sobre por que as pessoas não vinham ao teatro e arriscamos um palpite de que nas escolas poderíamos desenvolver um trabalho de formação de plateia. Através dessa iniciativa, conseguimos criar uma alternativa de participação efetiva do público no teatro. Trinta anos depois, nós temos um resultado de sucesso”, avalia.
Após a estreia há 15 anos, o espetáculo retorna para encerrar um ciclo da Cia. 1º Ato. “Experimentamos muitas obras da literatura brasileira. Fizemos uma trilogia da seca, começando com Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e encerramos com O Quinze, de Raquel de Queiroz”, conta Devilles. “A seca é um tema muito pertinente à nossa verdade. É daqui que migram pessoas para o Sul até hoje. Tem uma coisa muito visceral nas intenções de Raquel, que teve a coragem de dizer coisas, na denúncia da obra, que são verdades estampadas na cara da minha gente”, conclui.
Janaína Jatobá vive a personagem Cordulina, “uma mãe que vai perdendo os filhos, fugidos da seca ou mortos, e que, num ato de desespero, acaba tendo de perder o último para salvá-lo”, conta a atriz, que faz o papel há quatro anos. “Compor a Cordulina exigiu uma forte carga dramática”, conta. “O espetáculo”, segundo Janaína, “tem uma forma direta de falar da seca e de chamar a atenção do poder público, afinal, apesar dos avanços, ainda vemos animais morrendo de sede e pessoas migrando”.
Para Igor Muccini, que interpreta Chico Bento, par de Cordulina, “o fato de ser do semiárido facilitou a criação do personagem, afinal estamos falando da cultura daqui”. Leonardo Wagner Santos, 5 anos, e Luiz Eduardo Silva, 9, representam, respectivamente, Duquinha e Josias, filhos do casal protagonista de O Quinze. “A parte mais forte é quando eu morro”, revela Luiz.
Assista à entrevista que Devilles nos concedeu:
Centro de Cultura João Gilberto lotado de estudantes para assistir ao espetáculo [Foto por Alex Oliveira] |
Espetáculo O Quinze, da Cia. 1º Ato [Foto por Alex Oliveira] |
Devilles, diretor do espetáculo, é o fundador da companhia que atua no Vale do São Francisco. “Nós tínhamos muita dificuldade em atrair público. Passamos por um processo de descoberta sobre por que as pessoas não vinham ao teatro e arriscamos um palpite de que nas escolas poderíamos desenvolver um trabalho de formação de plateia. Através dessa iniciativa, conseguimos criar uma alternativa de participação efetiva do público no teatro. Trinta anos depois, nós temos um resultado de sucesso”, avalia.
Devilles é diretor da Cia. 1º Ato [Foto por Alex Oliveira] |
Após a estreia há 15 anos, o espetáculo retorna para encerrar um ciclo da Cia. 1º Ato. “Experimentamos muitas obras da literatura brasileira. Fizemos uma trilogia da seca, começando com Morte e Vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, Vidas Secas, de Graciliano Ramos, e encerramos com O Quinze, de Raquel de Queiroz”, conta Devilles. “A seca é um tema muito pertinente à nossa verdade. É daqui que migram pessoas para o Sul até hoje. Tem uma coisa muito visceral nas intenções de Raquel, que teve a coragem de dizer coisas, na denúncia da obra, que são verdades estampadas na cara da minha gente”, conclui.
Janaína Jatobá vive a personagem Cordulina, “uma mãe que vai perdendo os filhos, fugidos da seca ou mortos, e que, num ato de desespero, acaba tendo de perder o último para salvá-lo”, conta a atriz, que faz o papel há quatro anos. “Compor a Cordulina exigiu uma forte carga dramática”, conta. “O espetáculo”, segundo Janaína, “tem uma forma direta de falar da seca e de chamar a atenção do poder público, afinal, apesar dos avanços, ainda vemos animais morrendo de sede e pessoas migrando”.
Igor Muccini e Janaína Jatobá protagonizam a montagem [Foto por Alex Oliveira] |
Para Igor Muccini, que interpreta Chico Bento, par de Cordulina, “o fato de ser do semiárido facilitou a criação do personagem, afinal estamos falando da cultura daqui”. Leonardo Wagner Santos, 5 anos, e Luiz Eduardo Silva, 9, representam, respectivamente, Duquinha e Josias, filhos do casal protagonista de O Quinze. “A parte mais forte é quando eu morro”, revela Luiz.
Leonardo Wagner Santos, 5 anos, e Luiz Eduardo Silva, 9, representam filhos do casal protagonista |
Assista à entrevista que Devilles nos concedeu:
terça-feira, 6 de maio de 2014
FUNCEB ITINERANTE 2014 realizou seu encontro em Juazeiro
Esta terça-feira, 6 de maio, foi a vez de Juazeiro, no Sertão do São Francisco, receber o encontro do FUNCEB ITINERANTE 2014, no Centro de Cultura João Gilberto. Cerca de 60 pessoas compareceram ao evento, incluindo cidadãos dos municípios de Casa Nova e Sento Sé, do mesmo território, e ainda de Senhor do Bonfim, do Piemonte Norte do Itapicuru.
Nehle Franke, diretora geral da FUNCEB, e Donizete Menezes, secretário de Cultura de Juazeiro, fizeram as falas de abertura. Também estavam presentes Luciano Correia, coordenador de Cultura de Casa Nova; Alan Alves, representante territorial do Sertão do São Francisco; e membros dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia: Celso de Carvalho, de Música, e Humbervaque Andrade e Ramon Raniere, de Teatro.
Depois da apresentação individual dos gestores da FUNCEB, foi iniciado o espaço de diálogo, que foi bastante produtivo. A conversa teve como destaque a importância da construção de políticas públicas descentralizadas, tendo demandas de formação e qualificação de artistas, simplificação de mecanismos de apoio, fóruns de debate, entre outros assuntos relacionados. Também foi muito relevante uma discussão sobre as atribuições e responsabilidades dos poderes municipal, estadual e federal, bem como da sociedade civil. Os Colegiados Setoriais e Sistemas de Cultura foram repetidamente pautados, pela preocupação de empenhar prefeituras e incluir os cidadãos na construção das gestões culturais. Neste contexto, foi indicada a experiência da Prefeitura de Juazeiro, que ofereceu uma oficina de formação de elaboração de projetos quando a SecultBA abriu inscrições para os Editais Setoriais 2014, o que fez aumentar o número de propostas contempladas na região. Ainda foram colocadas questões sobre o Calendário das Artes, as culturas populares e o acompanhamento de projetos apoiados com recursos públicos.
Após o intervalo de almoço, houve uma explanação sobre as eleições do segundo mandato, do biênio de 2015-2016, dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, cuja consolidação é um dos desdobramentos mais relevantes do FUNCEB ITINERANTE, em busca de mobilizar a participação da comunidade do território.
Em seguida, Valdir Lemos e Antônio do Pajeú apresentaram seus improvisos à plateia. Eles são poetas repentistas e fazem dupla há mais de 15 anos, cantando, declamando e duelando em festivais Bahia afora. “O projeto Sertão Viola e Poesia promove oficinas de cordel, improviso, declamação e atividades de estímulo à leitura”, conta Valdir, presidente da Associação de Moradores do Bairro de João Paulo II, em Juazeiro. “O cordel tem que ter três coisas: a métrica, a rima – e não pode ser ‘mulher com café’ – e a oração, que é o que os versos querem dizer”, explica Antônio do Pajeú.
A última etapa foi a formação de grupos setoriais, para uma conversa específica sobre a produção artística em cada linguagem e as questões pertinentes a cada uma delas.
Nehle Franke, diretora geral da FUNCEB, e Donizete Menezes, secretário de Cultura de Juazeiro, fizeram as falas de abertura. Também estavam presentes Luciano Correia, coordenador de Cultura de Casa Nova; Alan Alves, representante territorial do Sertão do São Francisco; e membros dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia: Celso de Carvalho, de Música, e Humbervaque Andrade e Ramon Raniere, de Teatro.
Debate estabelecido em Juazeiro [Foto por Alex Oliveira] |
Depois da apresentação individual dos gestores da FUNCEB, foi iniciado o espaço de diálogo, que foi bastante produtivo. A conversa teve como destaque a importância da construção de políticas públicas descentralizadas, tendo demandas de formação e qualificação de artistas, simplificação de mecanismos de apoio, fóruns de debate, entre outros assuntos relacionados. Também foi muito relevante uma discussão sobre as atribuições e responsabilidades dos poderes municipal, estadual e federal, bem como da sociedade civil. Os Colegiados Setoriais e Sistemas de Cultura foram repetidamente pautados, pela preocupação de empenhar prefeituras e incluir os cidadãos na construção das gestões culturais. Neste contexto, foi indicada a experiência da Prefeitura de Juazeiro, que ofereceu uma oficina de formação de elaboração de projetos quando a SecultBA abriu inscrições para os Editais Setoriais 2014, o que fez aumentar o número de propostas contempladas na região. Ainda foram colocadas questões sobre o Calendário das Artes, as culturas populares e o acompanhamento de projetos apoiados com recursos públicos.
O repente de Valdir Lemos e Antônio do Pajeú abrilhantando o evento [Foto por Alex Oliveira] |
Após o intervalo de almoço, houve uma explanação sobre as eleições do segundo mandato, do biênio de 2015-2016, dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, cuja consolidação é um dos desdobramentos mais relevantes do FUNCEB ITINERANTE, em busca de mobilizar a participação da comunidade do território.
Em seguida, Valdir Lemos e Antônio do Pajeú apresentaram seus improvisos à plateia. Eles são poetas repentistas e fazem dupla há mais de 15 anos, cantando, declamando e duelando em festivais Bahia afora. “O projeto Sertão Viola e Poesia promove oficinas de cordel, improviso, declamação e atividades de estímulo à leitura”, conta Valdir, presidente da Associação de Moradores do Bairro de João Paulo II, em Juazeiro. “O cordel tem que ter três coisas: a métrica, a rima – e não pode ser ‘mulher com café’ – e a oração, que é o que os versos querem dizer”, explica Antônio do Pajeú.
A última etapa foi a formação de grupos setoriais, para uma conversa específica sobre a produção artística em cada linguagem e as questões pertinentes a cada uma delas.
Conversa do grupo setorial de Teatro [Foto por Alex Oliveira] |
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