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domingo, 4 de maio de 2014

Bate forte o tambor em Capim Grosso

O encontro do FUNCEB ITINERANTE 2014 em Pintadas começou com a batida forte do Afro Som repercutindo pelo auditório do Colégio Estadual Normal de Pintadas. Os músicos e dançarinos do Projeto Educativo Cultural Afro Som demonstraram que a cultura afro-brasileira também tem forte representatividade no interior da Bahia.

Grupo Afro Som fez apresentação de abertura do encontro em Pintadas
[Foto por Alex Oliveira]

Elaine de Jesus Santos é professora de balé do Afro Som
[Foto por Alex Oliveira]

O projeto foi criado em 2012 por Kleber Andrade, professor de educação física do Colégio Estadual Edna Moreira Pinto Daltro, no município de Capim Grosso. “O Afro Som surgiu a partir da necessidade de combater o racismo e colocar em prática o que diz a Lei 10.639/03 (que torna obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino), ou seja, desenvolver o pensamento crítico e a autoestima da nossa juventude negra, não apenas na Semana da Consciência Negra, mas sim todo dia”, explica o professor.

Percussionistas e bailarinos reunidos
[Foto por Alex Oliveira]

Os integrantes do Afro Som se dividem entre a banda de percussão e o corpo de balé, e também participam de grupos de estudo. “Antes de iniciarmos o projeto, passamos um ano pesquisando para fundamentar nosso trabalho, que é nos moldes do Olodum”, conta Andrade, que, concorrendo com o Afro Som, foi um dos contemplados no 7º Prêmio Professores do Brasil, realizado pelo Ministério da Educação em 2013, que reconheceu o mérito de 40 professores da rede pública de ensino. “Queremos implantar ainda um bando de teatro com 20 integrantes e há a possibilidade de irmos à França ainda em 2014, se conseguirmos apoio para passagens e reparo de instrumentos”, revela o educador.

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