Nehle Franke, diretora geral da FUNCEB, e Donizete Menezes, secretário de Cultura de Juazeiro, fizeram as falas de abertura. Também estavam presentes Luciano Correia, coordenador de Cultura de Casa Nova; Alan Alves, representante territorial do Sertão do São Francisco; e membros dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia: Celso de Carvalho, de Música, e Humbervaque Andrade e Ramon Raniere, de Teatro.
Debate estabelecido em Juazeiro [Foto por Alex Oliveira] |
Depois da apresentação individual dos gestores da FUNCEB, foi iniciado o espaço de diálogo, que foi bastante produtivo. A conversa teve como destaque a importância da construção de políticas públicas descentralizadas, tendo demandas de formação e qualificação de artistas, simplificação de mecanismos de apoio, fóruns de debate, entre outros assuntos relacionados. Também foi muito relevante uma discussão sobre as atribuições e responsabilidades dos poderes municipal, estadual e federal, bem como da sociedade civil. Os Colegiados Setoriais e Sistemas de Cultura foram repetidamente pautados, pela preocupação de empenhar prefeituras e incluir os cidadãos na construção das gestões culturais. Neste contexto, foi indicada a experiência da Prefeitura de Juazeiro, que ofereceu uma oficina de formação de elaboração de projetos quando a SecultBA abriu inscrições para os Editais Setoriais 2014, o que fez aumentar o número de propostas contempladas na região. Ainda foram colocadas questões sobre o Calendário das Artes, as culturas populares e o acompanhamento de projetos apoiados com recursos públicos.
O repente de Valdir Lemos e Antônio do Pajeú abrilhantando o evento [Foto por Alex Oliveira] |
Após o intervalo de almoço, houve uma explanação sobre as eleições do segundo mandato, do biênio de 2015-2016, dos Colegiados Setoriais das Artes da Bahia, cuja consolidação é um dos desdobramentos mais relevantes do FUNCEB ITINERANTE, em busca de mobilizar a participação da comunidade do território.
Em seguida, Valdir Lemos e Antônio do Pajeú apresentaram seus improvisos à plateia. Eles são poetas repentistas e fazem dupla há mais de 15 anos, cantando, declamando e duelando em festivais Bahia afora. “O projeto Sertão Viola e Poesia promove oficinas de cordel, improviso, declamação e atividades de estímulo à leitura”, conta Valdir, presidente da Associação de Moradores do Bairro de João Paulo II, em Juazeiro. “O cordel tem que ter três coisas: a métrica, a rima – e não pode ser ‘mulher com café’ – e a oração, que é o que os versos querem dizer”, explica Antônio do Pajeú.
A última etapa foi a formação de grupos setoriais, para uma conversa específica sobre a produção artística em cada linguagem e as questões pertinentes a cada uma delas.
Conversa do grupo setorial de Teatro [Foto por Alex Oliveira] |
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